Eco Invest Brasil: o terceiro leilão e o futuro do investimento sustentável

Em um novo episódio do videocast Radar Lefosse, discutimos as principais dúvidas de bancos e investidores sobre o Terceiro Leilão do Eco Invest Brasil, iniciativa do Tesouro Nacional que está redesenhando o modelo de financiamento de projetos sustentáveis no país. A nova rodada marca uma mudança significativa ao priorizar investimentos em equity, com mecanismos inovadores de hedge cambial e critérios técnicos que favorecem a participação de capital estrangeiro.

A conversa contou com a condução de Carla Rossi, sócia de Desenvolvimento e Financiamento de Projetos do Lefosse, e a participação de Felipe Paiva, sócio de Fundos de Investimento, e Mario Gouvêa, representante do Tesouro Nacional e membro do Comitê Executivo do Eco Invest Brasil. Assista no YouTube ou no Spotify.

Confira os principais pontos da conversa:

O que é o Eco Invest Brasil e o que muda no 3º leilão

Criado pela Lei nº 14.995/2024, o programa Eco Invest Brasil tem como objetivo atrair capital privado para projetos sustentáveis por meio de estruturas de blended finance. Nas rodadas anteriores, os leilões focaram em crédito e financiamento misto, com resultados expressivos em áreas como recuperação de terras degradadas, inclusão produtiva e descarbonização. Veja os números do 2º leilão aqui.

O 3º Leilão, publicado pela Portaria STN/MF nº 2.302/2025, inaugura uma nova fase ao priorizar investimentos em equity. A rodada traz inovações como a linha do Tesouro a 1% a.a., exigência de alavancagem mínima de 3x e participação mínima de 15% de capital estrangeiro. Além disso, o modelo inclui um mecanismo de hedge cambial com cobertura parcial de cauda, que busca mitigar riscos de volatilidade e tornar os projetos mais atrativos para investidores internacionais.

Critérios de seleção

O 3º Leilão do Eco Invest Brasil apresenta uma estrutura de seleção que valoriza propostas com alto potencial de impacto e participação de capital estrangeiro. Para empresas inovadoras, essa é uma oportunidade estratégica de acessar recursos catalíticos e se posicionar em cadeias produtivas prioritárias, como energia renovável, bioeconomia e mobilidade sustentável. Durante o episódio, você verá os critérios de seleção e exemplos práticos trazidos pelo representante do Tesouro Nacional.

Hedge cambial e estruturação de risco

Um dos destaques técnicos do leilão é o mecanismo de hedge cambial oferecido pelo Tesouro Nacional. A proteção é destinada a investidores estrangeiros, seja como LPs em fundos ou como investidores diretos nas empresas investidas. A cobertura parcial de cauda busca mitigar riscos extremos de variação cambial, com condições mais vantajosas que as de mercado.

Impacto esperado e próximos passos

A expectativa do Tesouro Nacional é que o 3º Leilão mobilize capital privado em larga escala, contribuindo diretamente para as metas climáticas e ESG do Brasil. Para participar, as propostas devem ser enviadas até 19 de novembro de 2025, às 18h. Preparamos um guia completo com os critérios técnicos e documentação exigida – acesse e saiba como submeter a proposta.

Assista ao videocast para conferir os principais pontos que impactam bancos e investidores. E fique por dentro das nossas comunicações para saber mais sobre os próximos leilões.